15.12.06

Cemitério de Pianos

José Luis Peixoto. Considerado por muitos um excelente narrador, é para mim uma lufada de originalidade na literatura a que tenho acesso. São poucos os autores que conseguem conjugar temas já nossos conhecidos como a morte e o amor, e com uma prosa poética narrar magníficas histórias que nos prendem do princípio ao fim. Com uma escrita extremamente musical, compassada e, acima de tudo, ambiental é assim que nos é apresentado o novo romance dele, Cemitério de Pianos.

"lágrima de sol de sangue, a ferver-me no canto do olho, a escorrer-me pela face, a turvar-me a vista sobre aquilo que me será sempre desconhecido, a morte"

Ou se adora, ou se detesta a escrita dele. Contudo, é inquestionável que falamos de um exímio contador de histórias. A morte, o amor, paixão, sexo, ódio, ciúme, raiva, desespero, saudade, Alentejo. Todos retratados por um jogo de palavras invejável. Um bom livro. As palavras tornaram-se minhas por várias vezes e, mais importante, tornaram-se parte de pessoas do meu mundo. Apaixonei-me pelas personagens, pela inocência das crianças, pela dor que quase todas as personagens partilham.


"E, por baixo de tudo o que tu disseres, escondido, enterrado, estará aquilo que sentes. Isso sabes fazer bem. Sabes odiar. Sabes impor as tuas opiniões e não deixar que ninguém te contradiga. Sabes acabar com as conversas."

4 comments:

T-Regina said...

Re-olás Valium :)Era esta a frase que me querias dizer esta tarde? Beijinhos T-Regínicos :)

Vallium said...

Referia-me logo à primeira frase, a do sol. Beijinhos *

T-Regina said...

então, ó crias!, não se escreve???? lollllllll beijos

Pedro Ventura said...

Por acaso tou curioso para ler.