18.4.07

Ornatos e Chagas


foi como entrar
foi como arder
para ti nem foi viver
foi mudar o mundo
sem pensar em mim
mas o tempo até passou
e és o que ele me ensinou
uma chaga pra lembrar
que há um fim
ahhhhh ahhhhh ahhhh

diz sem querer poupar meu corpo
eu já não sei quem te abraçou
diz que eu não senti
teu corpo sobre o meu
quando eu cair,
eu espero ao menos
que olhes para trás
diz que não te afastas
de algo que é também teu
não vai haver um novo amor
tão capaz e tão maior
para mim será melhor assim
vê como eu quero
eu vou tentar
sem matar o nosso amor
não achar que o mundo é feito para nós
ohhh ohhh ohhh aahhhh aahhhh aaaaahhhhh

foi como entrar
foi como arder
para ti nem foi viver
foi mudar o mundo sem pensar em mim
mas o tempo até passou
e és o que ele me ensinou
uma chaga pra lembrar que há um fim
ahhahh
uma chaga pra lembrar que ha um fim

16.4.07

fé?


A curiosidade é parte integrante do ser humano. Disseram-me hoje, em conversas, que as pessoas precisam de ter uma fé, sob qualquer forma, que traga paz à sua existência. Com isto quer-se dizer que o ser humano procura uma fé, uma crença, um modelo de vida, sob o qual possa viver em harmonia com a sua consciência. A nossa curiosidade permitiu-nos desenvolver a mitologia, religiões e, também, a filosofia. Tudo isto são modelos de pensamento, de olhar e compreender o mundo. Será que são compatíveis?
Todos vemos o mundo com os nossos próprios olhos, da nossa maneira. É, então, certo que se trata de uma questão totalmente subjectiva. O cepticismo é um termo inventado pelo ser humano: uns sentem uma fé imensa numa crença, crer para ver, e outros, mais empíricos, querem certezas absolutas, ver para crer. Parafraseando o que me disseram hoje, "uma flor é uma flor, não é cada uma das suas pétalas individualmente". Perdemos a noção de um todo?
Será que existe algo mais do que isto? Convulsões, Espasmos.